domingo, 20 de março de 2011

Legalmente Loira, Morena, Ruiva, Gorda, Magra, Alta, Baixa, Gay, HT...

Estava eu ontem (um sábado nublado ótimo pra ficar com a família, namorar ou fazer um programinha light com os amigos, sem família, namorada ou amigos) cansada de pensar na nova coleção da Melissa, quando resolvi assistir um filme. O escolhido foi o “Legalmente Loira” (um dos poucos filmes traduzidos ao pé da letra rs).

Escolha estranha, alguns que me conhecem diriam, mas ele teve o objetivo que eu precisava naquele momento: lembrar de lições que eu já dei para alguém um dia e estava esquecendo...

Bom, pra quem não viu em alguma sessão da tarde, o filme fala de uma garota loira (pra validar o título do filme, dã), rica, que fez moda (*-*), tem amigas pra lá de peruas e não pode viver sem um salão de beleza que leva um fora do namorado, que alega precisar de uma esposa séria e Inteligente, agora que vai estudar direito em Harvard. Bem, ela passa na faculdade para ir atrás do ex e passa por muito preconceito e tem que se superar para mostrar a todos que ela não é só um rostinho bonito.



Nós tínhamos um projeto na faculdade com adolescentes de baixa renda. Tínhamos toda uma programação a ser dada, mas estávamos com um problema gritante: a questão da diversidade.

   Após pensar muito em como lidar com o tema de uma forma tranquila, minha amiga Re (saudades *-*) teve a idéia de fazer uma sessão picoca. A idéia foi brilhante porque o filme tratava justamente do oposto da realidade daquelas pessoas. A personagem Elle era o padrão tido como perfeito aos olhos da sociedade e mesmo sendo “perfeita” sofria por causa do estereótipo de loira-gostosa-fashionista-burra. No debate, aqueles adolescentes puderam generalizar a idéia e analisar seus próprios preconceitos e como trabalhar o respeito ao próximo assim como o enfrentamento pessoal perante à não aceitação.

Eu, por minha vez, aprendi com o filme e com os adolescentes que, por mais complicada e desfavorável que possa ser a situação, nós sempre temos a opção da superação. Se pararmos para enfrentar os medos e dermos a cara a tapa, continuando , mesmo que aos tropeços, no caminho rumo ao nosso ideal, podemos acabar com qualquer estereótipo que tentam carimbar na nossa testa diariamente.

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