quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mudanças

Pode parecer uma coisa cabalistica, meio supersticiosa, mas minha vida sempre teve mudanças radicais de seis em seis meses e não tem nada a ver com o ciclo das coleções nas passarelas da moda rsrs (bem que podia!).

Mudança de casa, mudança de grupos de amizade, mudança de opiniões... situações bem instáveis, que traziam muitos desafios para minha habilidade de me adaptar, de criar, inovar, resolver problemas, fazer amizades, de variar. Era radical, tenso, perfeito!

Aiiiiiii, eis que há pelo menos um ano, tudo parece estar em uma mesmice sem graça... uma monotonia que me faz sentir como uma múmia perdida nas areias de um deserto arenoso (hã?!).

Nessas horas você pensa em tudo que pode fazer pra dar um up na situação.

* Mudar de namorada ou arrumar uma amante
* Beber muito até fazer coisas que não faria sóbrio e depois perder a memória
* Mudar radicalmente o guarda roupa ( haja dinheiro!)
* Mudar de país
* Mudar de emprego
* Entrar para alguma militância ou religião
* Ir para a cadeia (tenso)
* Cometer suicídio (pra ir pra onde?)
* Fazer algum esporte radical
* Estudar algo nada a ver
* Frequentar lugares over e conhecer pessoas over

Bem, a gente acaba gastando mais tempo pensando no que fazer do que fazendo, no fim das contas... ai vem o maldito ladinho racional... aquele, sabe, que surge quando você está amadurecendo ( algumas pessoas nunca vão saber o que é isso) pra acabar com pelo menos 90% da lista :(

Então você passa a pensar de forma diferente.

Pensa que pode ficar com a mesma namorada por anos, e que isso por si só já é um puta desafio ( duas tpms, gostos diferentes, convivência) e basta ter criatividade para apimentar a relação; pensa que pode fazer coisas magníficas sem ter que se drogar ou sair do seu 'eu' e se arrepender depois por isso; pensa que pode ter seu próprio estilo se tiver imaginação e não precisa gastar tanto para estar in; pensa que pode fazer um intercâmbio assim que possível e não abandonar a SP do coração; pensa que COM CERTEZA precisa mudar de emprego o mais rápido possível e começa a gastar árvores inteiras de cúrriculos e horas em sites de empregos; pensa que uma militância é uma boa realmente mas que religião continua sendo uma coisa inútil; pensa que ir pra cadeia ou cometer suicídio é mais legal em filmes e séries, então vambora assistir! rs; pensa que esportes radicais viriam a calhar, mas por enquanto só uma academiazinha já seria bom; e por fim, estudar, conhecer pessoas e lugares over é básico, necessário, inevitável e contínuo rs
Ai você fica conformadamente satisfeito. Consegue lidar com a vida adulta e "equilibrada" de uma forma mais sadia e pontual e percebe que nem por isso ela precisa ser "normal".

FUJAM SEMPRE DO NORMAL. 

domingo, 10 de abril de 2011

Está ruim, mas está bom


Estava lendo uma entrevista com o maestro Roberto Minczuk, no jornal A Folha de São Paulo hoje (o assunto é irrelevante aqui) onde ele citava que o brasileiro é dado ao comodismo. Não é uma idéia nova ou diferente do que a maioria das pessoas (no mundo) tem, mas me fez parar para pensar na nossa condição enquanto brasileiros (Aff, que coisa chata!).

Vamos voltar esse assunto chato para a área profissional.

Vejamos: você tem ensino fundamental. Muito bem! Já pode trabalhar com... bom,  talvez com algum “bico” autônomo ( todo bico é autônomo...) ganhando o suficiente pra comprar uma “dose” na sexta pra tentar superar ou esquecer que ganha tão pouco.

Se você já tem o ensino médio, parabéns! Já pode concorrer a muitas vagas, não vai ganhar muita coisa, nem se satisfazer pessoalmente em 90% dos casos, mas já tem possibilidades de ter um registro na carteira profissional e esperanças de ter uma aposentadoria um dia, caso não morra antes... (que trágico!).

Mas não! Você já tem uma faculdade!!! Já faz parte de aproximadamente 8% da população brasileira com nível superior, mesmo que desses 8% nem metade saiba escrever com um português minimamente aceitável. Já foi um escraviário, agora tem a esperança de ser um profissional bem sucedido e bem remunerado, se continuar estudando ou com muita puxação de saco (geralmente opta-se pelo segundo).

Se você é pós-graduado, tem mestrado, doutorado, três graduações, é poliglota, bem, você provavelmente não mora no Brasil e se mora, deve ganhar bem menos do que merece... (talvez por isso escolhe-se puxar o saco).

Talvez o cenário esteja mudando. Talvez, devagar, quase parando, nós estejamos conseguindo ter a visão de que o crescimento e o desenvolvimento tem que caminhar sempre juntos. Talvez consigamos, daqui para a frente, estabelecer uma cultura onde valorize a evolução pelo conhecimento e eficiência e não pelo paternalismo.

Talvez consigamos, um dia, ter uma maioria da população gostando de ir à escola (sem medos e traumas), com professores que gostem de ensinar, saibam como fazer e ganhem satisfatoriamente por isso; uma população que saiba aproveitar as oportunidades e investir em si mesma para conseguir ocupar as milhares de vagas não fechadas por falta de capacitação.

Talvez eu seja só uma sonhadora, como diria o John Lennon.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Funk é foda... literalmente...

Nunca estudei sociologia profundamente. Talvez por falta de oportunidade, tempo, vontade, enfim... mas morro de curiosidade para saber o ponto de vista dos sociólogos acerca da cultura (ou a falta de) do funk aqui no Brasil.

Para ficar bem explicado, não falo de qualquer categoria de funk, estou certa de que ele teve todo um contexto histórico nos Estados Unidos devido à luta dos negros etc, etc, mas sim daquele tipo que a gente ouve em qualquer calçada, transporte público, programas de TVs de quinta... bem,  já deu pra entender qual é, não é?

Estamos vivendo numa época em que o paliativo, o condensado, o rápido, o fácil são super valorizados. Estamos na era digital, onde não é necessário mais ler livros de trocentas páginas para uma prova ou para conhecimento pessoal, temos o google! Não precisamos mais fazer pesquisas quilométricas para trabalhos da escola, temos o Google! que também é conhecido como o "pai dos burros" ( por que será...?).

Não acredito, de forma alguma, que a internet seja uma coisa ruim, mas é fato que da mesma forma que ela possibilita a globalização de idéias e de contatos cada vez mais rápido, ela possibilita também a disseminação da ignorância. O importante agora não é lutar por uma idéia, por uma ideologia, por liberdade de expressão; o que importa é pra quantos você deu ou quantas você comeu e que isso seja divulgado, claro (desculpem o palavreado).

"Ela balança o cú na vara, bota o dedinho na boca e faz cara de tarada..."

"Abre as pernas e relaxa, vem por cima e senta, senta..."

"Ai meu piru, ai meu piru, ii caralho, essa novinha e safada da a buceta e dá o cu..."

PELO AMOR DE QUALQUER COISA QUE VOCÊS ACREDITEM E AMEM!!!  Me digam o que é isso????????? E não me venham com historinhas de licença poética!

 Como pode uma mulher que vive no século XXI, que sabe da existência das lutas pelos direitos das mulheres, sobre sexismo, sobre preconceito gostar deste tipo de música ou deixar-se aproveitar por pessoas que tem este tipo de mentalidade????

O que se passa na cabeça de uma militante, de uma riot grrl, de uma pessoa politizada, quando se depara com esse tipo de regressão de pensamentos? No mínimo, que tudo o que já foi e tem sido feito é quase inútil, já que o que importa e o que ganha ibope, são as mulheres peladas, se vendendo e se mostrando em troca de status e dinheiro através disso tudo.

Vamos às justificativas: baixa renda, infra-instrutora precária, ensino decadente, tráfico... bem, eu creria nisso se o pessoal da classe média- alta também não gostasse desse lixo. 


Segue uma música que diz tudo:



sábado, 26 de março de 2011

Ahhhhh a balada...

Sábado a tarde, alguns chegando do serviço, alguns tirando um cochilo ou fazendo um programinha light... alguns se preparando para ir para a balada.

Digo sábado por contextualização, porque para quem mora em grandes centros urbanos, como em Sampa, encontra balada de segunda a segunda, para todos os gostos. Não há salário e saúde que agüente! rs

Qual é a magia existente num local fechado, escuro, cheio de luzes ofuscantes, com fumaça, pessoas suadas e nostálgicas, música alta e desconexa, drogas, pessoas estranhas?

Uma vez eu li um livro chamado “Madame Satã”, que fala sobre a casa noturna alternativa, voltada para o público dark, gótico, pós- punk... nele há alguns pensamentos interessantes que afirmam que uma balada seja, talvez, o único local onde as pessoas mostram o que realmente são, seja porque estão num local com padrão escolhido pessoalmente, com o tipo de música e pessoas que  o deixam a vontade ou que dividem as mesmas idéias e ideologias.



A idéia é fascinante e me faz (eu que sou uma observadora/ analista quase compulsiva) ficar horas numa balada só prestando atenção nos comportamentos das pessoas e imaginando o porque de cada uma estar ali, sendo que podiam estar com a família ou com alguém especial,  ou o porque de levarem seus amigos para aquele lugar com tanta gente desconhecida, ou ainda gostar de estar dentre essas pessoas desconhecidas, muitas vezes bêbados ou drogados... talvez seja uma espécie de fuga da realidade... uma alternativa para esquecer os problemas cotidianos e as amarras que a sociedade impõe, seja comportamental, seja emocional...

Talvez seja uma forma segura e descompromissada de se envolver realmente com as pessoas, sem promessas, sem compromissos, sem cobranças...

Independente do motivo pessoal de cada um, que atire a primeira pedra quem nunca sentiu uma espécie de sentimento libertador em alguma balada na sua vida!

Com certeza vale as emoções, vale as histórias, vale as loucuras!


segunda-feira, 21 de março de 2011

E os bichinhos???

Quanto mais conheço os homens mais gosto dos cães”. Por mais que tenha procurado, não achei o autor da frase. Quem souber, fique a vontade de citar.

Tenho visto muiiiiito essa frase sendo utilizada nas redes sociais e parei para pensar no motivo quando vi ontem essa tirinha:



Nosso querido planeta terra tem passado por maus bocados nos últimos anos. Não se passa uma semana sem que, ao abrirmos o jornal de manhã, nos deparamos com tsunamis, terremotos das maiores escalas, severas enchentes com direito a deslizamentos, guerras, manifestações violentas, nevascas que castigam e uma série de outros desastres, naturais ou não, que deixam uma soma enorme de mortos, feridos e desabrigados.

Ai começam as campanhas; arrecadação de mantimentos, de roupas, de dinheiro, tudo que for possível para sanar, mesmo que de forma paliativa, o sofrimento de várias pessoas.

O que tudo isso tem a ver com a frase inicial? Bem, vemos também cada vez mais campanhas e incentivo para as doações e acolhimento aos animais, que morrem aos milhares por causa desse caos mundial.

Vemos muito mais pessoas aderindo às idéias e ao estilo de vida vegan/ vegetariano, onde se evita todos (no primeiro) ou quase todos os tipos de alimentos ou produtos de origem animal.

A proposta aqui não é fazer uma crítica ou defender nenhuma das idéias. Na hora de necessidade, todas as ajudas são válidas. Mas paremos para pensar no possível motivo disso tudo.

O mundo regido pela natureza é feito de equilíbrio, a natureza sempre foi perfeita. Sim, existe a perfeição. Sem a intervenção do homem, existe a vida e a morte em ciclos maravilhosamente organizados, com alimentos e habitat para todos...

O mundo regido pelo homem é uma total desordem. O poder e o dinheiro predominam. Coloca-se uma espécie inteira em extinção para manter a vaidade e o luxo de alguns. Mata-se filhotes e recém nascidos para saciar o paladar de outros. Tortura-se alguns outros para estudos científicos.

Se não houvessem esses pequenos atos por esses seres que não podem se defender dos animais pensantes, creio que tudo já estaria perdido, e que muitos dos bichinhos que conhecemos hoje, saberíamos o que são somente por fotos, como acontece com muitos já, infelizmente.

Vamos compartilhar, divulgar e colaborar com as campanhas das ONG’s, pessoalmente ou pela internet; adotar ou proteger algum bichinho sempre que nos for possível e não abandoná-los quando já fizerem parte da nossa família. Para quem não abre mão de comer carne, vamos participar da campanha “segunda sem carne” (http://www.svb.org.br/segundasemcarne/), enfim... um pequeno gesto de cada um, vai beneficiar diretamente não só os animaizinhos, mas também as pessoas e o planeta!

domingo, 20 de março de 2011

Legalmente Loira, Morena, Ruiva, Gorda, Magra, Alta, Baixa, Gay, HT...

Estava eu ontem (um sábado nublado ótimo pra ficar com a família, namorar ou fazer um programinha light com os amigos, sem família, namorada ou amigos) cansada de pensar na nova coleção da Melissa, quando resolvi assistir um filme. O escolhido foi o “Legalmente Loira” (um dos poucos filmes traduzidos ao pé da letra rs).

Escolha estranha, alguns que me conhecem diriam, mas ele teve o objetivo que eu precisava naquele momento: lembrar de lições que eu já dei para alguém um dia e estava esquecendo...

Bom, pra quem não viu em alguma sessão da tarde, o filme fala de uma garota loira (pra validar o título do filme, dã), rica, que fez moda (*-*), tem amigas pra lá de peruas e não pode viver sem um salão de beleza que leva um fora do namorado, que alega precisar de uma esposa séria e Inteligente, agora que vai estudar direito em Harvard. Bem, ela passa na faculdade para ir atrás do ex e passa por muito preconceito e tem que se superar para mostrar a todos que ela não é só um rostinho bonito.



Nós tínhamos um projeto na faculdade com adolescentes de baixa renda. Tínhamos toda uma programação a ser dada, mas estávamos com um problema gritante: a questão da diversidade.

   Após pensar muito em como lidar com o tema de uma forma tranquila, minha amiga Re (saudades *-*) teve a idéia de fazer uma sessão picoca. A idéia foi brilhante porque o filme tratava justamente do oposto da realidade daquelas pessoas. A personagem Elle era o padrão tido como perfeito aos olhos da sociedade e mesmo sendo “perfeita” sofria por causa do estereótipo de loira-gostosa-fashionista-burra. No debate, aqueles adolescentes puderam generalizar a idéia e analisar seus próprios preconceitos e como trabalhar o respeito ao próximo assim como o enfrentamento pessoal perante à não aceitação.

Eu, por minha vez, aprendi com o filme e com os adolescentes que, por mais complicada e desfavorável que possa ser a situação, nós sempre temos a opção da superação. Se pararmos para enfrentar os medos e dermos a cara a tapa, continuando , mesmo que aos tropeços, no caminho rumo ao nosso ideal, podemos acabar com qualquer estereótipo que tentam carimbar na nossa testa diariamente.

sábado, 19 de março de 2011

O Cacto

No nosso primeiro aniversário de “casamento”, eu presenteei a minha companheira com um cacto, junto com um bilhete explicando o porque da bizarrice. Dizia mais ou menos assim (tenho péssima memória):

“Que o nosso casamento seja como esse cacto: apesar dos espinhos é belo e sobrevive até nos piores desertos.”



Há uns nove meses o cacto secou e morreu.

Se eu fosse dada a comportamentos supersticiosos, acharia que era um sinal e que nossa história estava chegando ao fim... maaaaaasssss como uma cética fiel que sou, constatei que sou muito mais eficaz em manter relacionamentos do que cultivando plantas >.<

Se alguém pedisse a minha opinião sobre o casamento há uns três anos atrás, eu diria que era tolice; uma instituição falida (roubei o termo de alguém) inventada pela maior agência controladora existente (a igreja) para facilitar a imposição de regras na sociedade.

Bem, a minha opinião continua sendo exatamente a mesma atualmente, porém com ressalvas... (até porque um “casamento gay” não entra muito nesse padrão, né? Rsrsrs)

Eu poderia afirmar que o amor é o mais importante numa relação duradoura, mas estaria mentindo. Tudo que vivi, assim como pessoas que tiveram vivências similares, aprenderam que o diálogo, a empatia, a partilha, o respeito mútuo, a transparência são ingredientes fundamentais para a permanência juntos.

O casamento, sem dúvidas, tem seus espinhos que ás vezes machucam e deixam marcas, mas vale a experiência... Tanto vale que assim que a união civil for aprovada aqui no Brasil (tenho fé) eu pedirei a mão da minha namorada formalmente para o meu sogrão! (kkkkkkkkkkkkkkkkkkk não podia deixar passar essa!).

sexta-feira, 18 de março de 2011

Carpe Diem de cú é rola!



Quem se lembra pelo menos um pouquinho das aulas de português no colegial, ou já assistiu “A Sociedade dos Poetas Mortos”, sabe o significado ou ao menos a questão filosófica central do termo... pra quem não sabe, vamos wikipediar:

Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para “colha o dia” ou “aproveite o momento”.
           
Fazemos tanta apologia à essa idéia, valorizamos tanto o fato de que ser você mesmo e fazer o que realmente gosta, não se vendendo ao estilo de vida mainstream, que as vezes dá a impressão de ser uma espécie de vivência nostálgica.

Esqueçamos um pouco a parte abastada da sociedade; aqueles jovens sortudos que não tem que trabalhar, que gastam a mesada com balada e drogas e que muito provavelmente serão os futuros líderes da nação simplesmente por ter um nome ou um Q.I. ( você não será nada sem um quem indique, fica a dica). Vamos pensar na sociedade predominante; aquela em que a pessoa tem que levantar as 5 horas da manhã para pegar uma condução lotada e precária ( pagando um absurdo por isso, aliás) ou para agüentar o trabalho árduo, maçante e repetitivo, que vale somente o suficiente para não se morrer de fome, sob ordens de algum chefe cretino e com falhas no caráter ou para procurar desesperadamente por um emprego; aquela pessoa que passa o dia com uma marmita requentada ou com uma refeição de algum restaurante duvidoso, que volta para o lar para descontar na família e nos filhos aquela frustração pessoal, sabendo que é o muito que pode oferecer enquanto assiste a sua imperdível novela das 8...

Pare. Pense no quadro. Imagine a representação em porcentagem dessa realidade e me responda: o Carpe Diem existe pra quem?

A sociedade está vendada. Eu diria mais, diria que ela está dopada com todos os artifícios tecnológicos e os prazeres pessoais que o dinheiro proporciona. A sociedade é hipócrita e egoísta. Eu sou assim você é assim. Isso é um fato. Tentamos fazer o melhor, mas sabemos que não é o suficiente.

O que nos resta é buscar o nosso Carpe Diem pessoal, mesmo sabendo que para muitos isso sempre será uma mera utopia.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sensação Radical

Vamos lá... ao som de Metallica.

Pular de para- quedas, tirar um racha, provocar um pit bull solto na rua,  transar com a mulher do traficante... tudo isso é válido quando o objetivo é encontrar emoções fortes para distrair o corpo jovem e a alma impaciente que cada um tem dentro de si.  A única atividade não recomendável, mesmo te proporcionando uma puta adrenalina, fazendo ter sonhos incríveis, fazendo perder a noção de tempo e espaço, seria se apaixonar.

Quem, pelos céus!, gostaria de ficar sem comer,sem dormir, sem trabalhar direito só pensando no que uma outra pessoa, aquela pessoa especial estaria fazendo naquele instante... quem gostaria de ignorar a existência dos mais de 6,5 bilhões de habitantes, fazendo daquela única pessoa o seu mundo pessoal!?

Impagável! Totaly nonsence!

Você compra flores, você dá chocolate, faz uma poesia, compra a roupa que a pessoa vai gostar, escuta suas músicas de gosto duvidoso, agüenta seus amigos pedantes, aprende a surfar se for esse o esporte preferido da dita ( será que alguém já fez isso? Francamente! ¬¬) tudo pra que??? Pra completar o ciclo da conquista. Talvez um desafio mais tentador porque não depende só de você querer e fazer, mas também da resposta da outra pessoa ou das circunstâncias.  Às vezes vale a pena o esforço... às vezes... hum... bem, sempre acaba valendo a pena, nem que seja por umas horinhas... rs.

Apesar de todo mundo saber que essa super sensação dure no máximo dois anos, e mesmo dando um trabalho danado pra chegar no objetivo final, todo mundo almeja, todo mundo tem esperanças de encontra a próxima chance de sentir e fazer tudo de novo...

Não entendo... realmente, mas... saudades disso... rs




terça-feira, 15 de março de 2011

Relevar é relevante?

O mundo está acabando, portanto devemos perdoar nosso próximo para galgarmos o paraíso e a paz eterna... Ãh...? Que...? Que história é essa?!

Bem, a idéia é antiga, e espera-se que pelo menos a maioria das pessoas que seguem um calendário cristão saiba de que doutrina saiu... o que de forma alguma é importante para o tema proposto, já que não falaremos de religião ou de como é o tal paraíso ( se bem que a idéia do rio de leite e das virgens seja muito sedutora, apesar de super machista Oo). Não falaremos sequer da paz eterna, mas sim da paz interior.

O que é paz interior?

Acho que o conceito é como o de dirigir uma Ferrari: você jamais saberá como é se não experimentar, e a maioria das pessoas nunca saberá como é... (no caso da pobre autora do texto, nunca dirigi uma Ferrari nem tive paz interior rs).

Passamos grande parte da nossa vida buscando realizações; conquistando coisas e pessoas, e destruindo coisas e pessoas.

Nossa relação com quem nos rodeia e a qualidade que isso envolve pode nos transformar de diversas formas e quem escolhe, de certa forma, como isso se dará somos nós! (sinto cheiro de auto ajuda rsrsrs).

Desculpe se passei essa impressão. Ao contrário de propor um mantra (Eu posso! Eu consigo! Bla, blá, blá) proponho uma análise de fatos: se você sorri para uma pessoa a probabilidade dela retribuir o sorriso é enorme; se você perdoa alguém por alguma falha e lhe dá um voto de confiança, a probabilidade dela fazer de tudo para merecer isso também aumenta... e assim por diante.

O legal da brincadeira, é que isso não é tão fácil, chegando a ser impossível para alguns que, mesmo não seguindo as regrinhas de ouro para conseguir paz, conseguem viver sem maiores transtornos, utilizando-se de máscaras e artifícios para passarem por equilibrados e sentimentalmente saldáveis. E enganam bem, viu!

Agora a pergunta que não quer calar: relevar é relevante? Levando em conta que podemos viver perfeitamente com nossos orgulhos e certezas, não dependendo de ninguém até encontrarmos o ser humano perfeito? Infalível?

Aqui vai uma dica para quem responder não: a sensação de um orgasmo será o mais próximo da paz interior que você vai chegar e você até pode consegui-lo sozinho rsrsrs


segunda-feira, 14 de março de 2011

Sonho = Oxigênio

Um sonho nunca é “só um sonho”. Passamos a vida toda correndo atrás e lutando por coisas e pessoas que acreditamos serem nossos motivos de existência ou pelo menos um motivo para continuar, mesmo que “empurrando com a barriga” ( já comentei que detesto expressões? Rs).

Os tipos de sonhos são diversos... Há os que sonham com coisas materiais, como ter um carro zero (ou um de segunda mão mesmo), uma casa (mesmo que seja numa área de risco), um aparelho eletrônico de ultima geração, enfim...

Há os que sonham com coisas tidas como “fúteis”, como implantar silicone, fazer o nariz, comprar AQUELA roupa ou AQUELE sapato (*-*)...

Temos também os sonhos subjetivos como encontrar o grande amor da vida (blá,blá), ter sucesso na carreira, viajar para lugares maravilhosos...

Há outro tipo de sonho que são, digamos, surreais, tais como querer voar, querer ser invisível, se teletransportar... ( particularmente acharia SUPER poder me teletransportar para o trabalho todos os dias, sem trânsito quântico ou algo do tipo rs).



Todos esses sonhos, por mais estranhos e inusitados que pareçam para alguns, para outros é como uma molécula de O2, que mantêm a motivação do corpo e do psicológico, não sendo possível para absolutamente ninguém julgar ou menosprezar qualquer que seja ele.

Fico pensando cá comigo mesma se as pessoas que entram em depressão (de verdade, não essas tristezinhas de emo) se perderam dos seus sonhos... desistiram de tentar e não acham que essa coisa tola (o sonho >.<) seja realmente importante...

Façamos do ato de sonhar um hábito ou uma necessidade vital, tal como respirar, para que nunca nos esqueçamos do que queremos realmente e sempre tenhamos forças para continuar tentando alcançá-lo, mesmo que as possibilidades sejam remotas...


PS: Fiz esse post pensando na minha grande amiga, Hed, que nunca desistiu de seu grande sonho, mesmo depois de “quebrar a cara” várias vezes. Parabéns pela sua conquista! =*

domingo, 13 de março de 2011

Orkut x Facebook



E está lançada a briga digital entre as redes sociais!!! Bem, não especificamente delas entre si, mas sim entre seus usuários.

Criado há sete anos, o Orkut se tornou uma febre entre as pessoas de todas as camadas sociais e idades por sua facilidade de acesso e visualização, de jogar, de inserir seus amigos (e xeretar a vida de todo mundo sem ser visto, se você quiser assim, claro), inserir suas fotos e vídeos favoritos, enfim, um  leque de possibilidade para se aparecer, chamar a atenção, provar o quanto você é foda e por último, manter contato e network com a galera.

Dentre tantas outras comunidades virtuais, atualmente tem-se utilizado muito o Facebook.

Com direito a filme sobre a sua origem, o Facebook tem ganhado cada vez mais notoriedade, apesar de ainda ser visto como “difícil de mexer” ou “com o layout sem graça” ou ainda “com um pessoal muito intelectualóide de merda” (ah! Essa é minha preferida!).

Se formos parar pra pensar, a função inicial de cada um é exatamente a mesma: possibilitar a interação virtual entre pessoas (dã?!). Porém, o diferencial pode ser exatamente a dificuldade de algumas pessoas em utilizá-lo, fazendo com que o fato de você conseguir fazê-lo e muitas pessoas não, seja mais (reforçador?) atraente, confirmando a opinião da pessoa lá em cima sobre o intelectualóide de merda rsrsrsrs

Eu li num livro  (meio louco, por sinal) que as melhores piadas estão relacionadas com o fato de a pessoa, ao ouvi-la, conseguir se sentir superior sobre o personagem da dita piada que se dá mal. Não que as redes sociais sejam uma piada, oh céus, não! Mas que é A oportunidade de fazer o marketing pessoal e mostrar seu melhor (ou pior, rsrs) lado, isso é!

Diiiiivergências à parte, é consenso que essas comunidades estão se tornando cada vez mais visadas pelos senhores comunicadores, tendo hoje em dia até pós graduação com enfoque em publicidade, marketing etc etc utilizando as tais redes sociais (palavrinhas chatas que não saem da língua!).

Galerinha viciada em Orkut, Facebook, Twitter, hi5, MSN Messenger, My Space, o kra*** que for, e que adora postar até que vai ao banheiro ou que broxou na noite anterior (acontece!), fiquem ligados, pois sem a menor sombra de dúvidas, esses são só os primeiros dos muuuuuitos nomes de comunidades que surgirão e virarão tendência ( adoro essa palavra), assim que essas aí virarem “modinha”. Dá pra entender?




sábado, 12 de março de 2011

" O Cisne Tenso"

Quaaaaaase o melhor filme do ano de 2011. Na trave! (sinto uma ponta de homofobia por parte dos senhores da Academy Awards rs)

Está aí um filme literalmente “tenso”. Pelo menos foi essa a impressão durante todo o desenrolar do drama.

No início temos aquela câmera estilo “Irreversível” (outro filme super tenso, diga-se de passagem, que se a maioria das pessoas não odeia, é porque essa maioria nunca vai saber da sua existência) que acompanha a caminhada da personagem e causa um pouco de tontura, ao mesmo tempo em que deixa a ponta de expectativa sobre a cena posterior.

Não sei se é consenso, mas a impressão que dá é que uma cena de mutilação não causa tanto arrepio/agonia do que cenas com pequenos ferimentos; no caso da Nina, com suas unhas quebradas, suas cutículas sangrentas e as quedas abruptas.

NO CINEMA: ou você vai pra frente com aquela cara de assustado, ou escorrega da cadeira, ou agarra o braço da pessoa ao lado ou faz algum outro movimento que, pra quem observa é muito engraçado e pra quem faz, O mico rs

Como não poderia faltar, também temos a mãe-superprotetora-que-quer-realizar-seu-sonho-frustrado-através-da-filha, que proporciona um prato cheio para os psicanalistas de plantão explicarem o porque da personagem ser tão “reprimida”. ( Ok, concordo dos prováveis motivos, mas não com os termos rsrs). Duvido que em nenhum instante alguém tenha pensado num final trágico com mães morrendo (momento psicótico).

What about Lily? Linda, sedutora, atraente, confiante, tudo o que a personagem principal tenta conseguir o tempo todo para interpretar o cisne negro e não consegue.

Psicanalista pensando: “auter ego, está claro”

Bom, a gente fica na expectativa clichê de que ela seja uma espécie de alucinação ou que ela exista mesmo e vai tomar o lugar da Nina... acho que ninguém espera ambos, essa foi uma jogada de mestre! E mais mestre ainda foi colocar ambas tão “próximas” (melhor momento *-*). Quem, nem que seja no mais profundo do seu ser, não gosta de ver duas garotas lindas juntas? (é uma pergunta retórica rs).

A PARTE: Natalie, eu daria a você o Oscar só por aquele orgasmo maravilhosamente representado.

Poderia citar muitos outros detalhes que tornam o filme tenso, como a música que vai se elevando durante as cenas fortes e acaba abruptamente, ou a imprevisibilidade dos personagens, em sua maioria, conturbados... mas creio que já comentei o suficiente, até porque se eu comentar as cenas finais, não teria graça... não assistiu, está curioso? Assista e sinta a tensão ;)


  

sexta-feira, 11 de março de 2011

O “Efeito Cebola”

Quem é que ainda não se perguntou “mas que tempo mais maluco é esse??”, afinal, de alguns anos para cá, as mudanças climáticas estão cada vez mais rápidas e inconstantes devido ao excesso de poluição na atmosfera, o que gera o famosíssimo efeito estufa.

Mas não é necessariamente sobre o efeito estufa que falaremos, mas sim de um modo de se vestir que se iniciou devido à imprevisibilidade do clima: o “efeito cebola”.



Não, não, não é nada disso que você está pensando.

O “efeito cebola” se refere às diversas peças de roupa que colocamos ao sair de casa de manhã, ainda friozinho, e que vamos retirando, uma a uma, no decorrer do dia, como as camadas da cebola.

Quem não é de São Paulo talvez não tenha noção do quanto isso é freqüente por aqui: você levanta, coloca aquela combinação: regata, camisa, um suéter, uma jaqueta, um cachecol (falando só o básico!). No almoço você já está assando. Aquele calor, o sol a pino, você vai se livra daquele excesso de tecido e se acha louco, claro, por ter saído com tudo aquilo. No finalzinho da tarde, você se prepara para ir estudar. Já está friozinho, coloca todo o seu estoque de roupa novamente. Ao sair da faculdade, vê que está chovendo, mas é claro que você está preparado com seu super guarda-chuva!
  
Para os paulistanos,  isso tudo é normal. E já que a moda se adapta ao meio e que estar bem vestido e confortável é tudo na vida de uma mulher (e óbvio que dos homens também!), esqueça as estações do ano! Guarneça seu guarda roupa de modo a estar preparado para qualquer clima e para enfrentar as quatro estações do ano em apenas 24 horas!

Já que as previsões do tempo estão tão falhas, vamos apostar na minha previsão sobre moda para os próximos anos: AS PEÇAS MEIA ESTAÇÃO VÃO DOMINAR O MUNDO FASHIONISTA!